terça-feira, 23 de agosto de 2011

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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Grito

Aqui nesta grande metrópole,
minhas palavras, meus versos são indignos.
'Digno' é para os que tem poupança gorda!
Ironias a parte, a verdade é que
meu grito é tão imperceptível, que quase nada se escuta.
De que adianta tanto querer bem,
se não há espaço para os que nada tem?
Quão belo seria:
se respeito fosse diariamente praticado;
se educação fosse o básico;
se liberdade não fosse utopia;
se a violência fosse extinguida.
Essas coisas boas de se imaginar,
são só bonitezas de se ouvir, se pensar.
Porque na prática a realidade fere-rasga-mata!
Não serei tão sonhadora, para não cair do alto:
a violência não acabará;
os assassinatos continuarão existindo;
o preconceito continuará matando por fora e por dentro.
A dor, a exclusão, o desprezo
continuarão existindo, velados ou escancarados.
Vivo tentando viver, oscilando entre
a arte e a realidade das horas trabalhadas por um salário fantasma.
Não vou me iludir porque não tenho tempo.
Vou é arreganhar meus olhos para enxergar beleza,
e abrir minha garganta para o meu grito alcançar quem-quer-que-seja.

as mentiras ditas

Quem não mente ou nunca mentiu? Inclusive para si mesmo?
Tanto tempo se esquivando da realidade....
já era hora de engolir o amargo que é assumir os próprios erros,
as próprias mentiras que foram guias durante tanto tempo.
Para um erro e diante de mentiras, não existem palavras salvadoras,
somente o tempo e a queda de perceber a realidade.
Mas nada é tão perdido, tão podre e poluído. Somos de tudo um pouco.
Quem nunca teve vontade de assumir a merda toda e seguir adiante,
construindo dia pós dia, no rosto, um novo semblante?

terça-feira, 1 de março de 2011

alguns nãos por um saco mais do que cheio

Essas caras feitas por aí

não me enganam.

Mas quando fecho a minha pra dizer

não! a tudo isso,

me botam do lado de fora da roda.

Daí danço sozinha, feito gente doida,

ou bêbado de esquina.

Ou mostro os dentes

ou dou uma de demente.

Mas não sou aquilo

digo não

não

não

e não.

mesmo sem saber dizer ainda.

Eu digo não aos sorrizinhos simpáticos de todos os dias

que só servem para exaltar e ressaltar

o ego

o dinheiro

o poder

a superioridade (hãn?)

hãn hãn hein?!?

Não! Eu digo não

a essas pessoas que mentem que não sentem

prazer em serem tateadas pelos dedinhos carinhosos

de 'viver fazendo uma social' aqui e ali.

Se eu quiser ser tocada tenho quem me toque,

e ainda que não tivesse,

toco-me eu mesma.

Sem mentiras,

sem esquinas veladas,

sem quinas afiadas.

Só as minhas próprias.

Mas essas, deixa que eu mesma tomo conta.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mas não!

Onde foram parar as vontades próprias? Onde estão as preferências? Em que buraco enfiaram as iniciativas? Quando é que somos indivíduos e não números? Quando é que é amor e não contrato social? O 'livre arbítrio' é só ilustração de um livro chamado constitução (escrito por pessoas um tanto quando sem noção das outras pessoas). Pra mim, abitrar livremente é ser o que se é e quer - e nem precisa saber ler (e eu adoraria que fosse zero o número de analfabetos). Eu li e ouvi que espontaneidade, criatividade, individualidade e demais derivados eram necessários para construir-me artista justa, coerente e competente. Mas não! Insisto em pensar e digo: que ser humano (?) é ter tudo isso e mais. É deixar-se ser.

Diverso

Não existe forma fixa, nem 'inteireza' linear, igual.
Não sou cópia. Não somos cópias. Mas para ser a si mesmo, antes é preciso deixar-se ser. Conscientemente.

O ciúmes

O ciúmes: fenômeno edificado pelo sentimento de posse, pelo egoísmo, pela insegurança, pela falta de amor próprio, pela burrice e pela ignorância.